por Victor Kingma

Costumeiramente, nas transmissões esportivas pela TV, nos habituamos a ouvir a expressão “joga a luva, goleirão!”, criativo bordão popularizado pelo narrador Gustavo Villani.
Isso acontece quando a bola chutada ou cabeceada pelo atacante vai lá no ângulo, impossibilitando qualquer possibilidade de defesa do goleiro. Quer dizer: nem jogando a luva ele seria capaz de impedir o gol.
No passado, entretanto, esse bordão não seria possível de ser usado, pois os goleiros não usavam luvas. Aliás, isso causava muita dificuldade para defender as pesadas e escorregadias bolas de capota de couro.
No Brasil, essa novidade foi implantada pelo goleiro Jaguaré, do Vasco da Gama, em 1931. Ele adotou esse hábito após sua passagem pelo Barcelona, da Espanha, onde utilizava as luvas para se proteger do frio europeu.
Com o passar do tempo, o uso das luvas passou a ser imitado por outros goleiros no futebol brasileiro.
O folclórico e irreverente Jaguaré teve uma carreira brilhante defendendo o Vasco da Gama, Corinthians e Olympique de Marselha, na França, onde foi um grande ídolo. Jogando pelo time francês, inclusive, protagonizou um feito histórico ao se tornar um dos primeiros goleiros a marcar gol numa partida oficial de futebol, em 1938.
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