Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Psg

O MARKETING E OS PROFETAS

por Idel Halfen


A transferência do jogador Neymar para o Paris Saint Germain chamou a atenção até dos que não acompanham o esporte, tamanho o valor das cifras envolvidas. E como não podia deixar de ser, apareceram os especialistas fazendo previsões acerca do retorno financeiro para o clube.

Um dos argumentos mais utilizados se voltou às vendas de camisas. Não faltaram declarações categóricas afirmando que essa comercialização já seria suficiente para amortizar grande parte dos custos envolvidos.

Será que os autores dessas declarações têm acesso ao contrato da Nike com o PSG? Por acaso têm noção de qual percentual cabe ao clube na venda de cada peça? Sinceramente creio que não, mas nem essa simples falta de informações foi suficiente para inibir a verborragia a respeito.

Outra sustentação versou sobre os prováveis incrementos nos valores relativos aos patrocínios, o que faz sentido. Não custa, no entanto, questionar o valor que estimam para esse incremento, lembrando que mesmo sem Neymar o clube francês já faturava mais com patrocínio do que o próprio Barcelona, na época com o jogador brasileiro mais Messi e outros craques, segundo dados do relatório da Deloitte – Football Money League – referente à temporada 2015/2016.


Baseado nesse mesmo relatório é possível supor que haja espaço para um aumento das receitas referentes à bilheteria – onde o time parisiense detém o sétimo maior faturamento global – e aos direitos de transmissão, no qual é o décimo quarto. Entretanto, é importante esclarecer que a ida ao estádio não depende unicamente da presença de um ídolo, até porque se dependesse apenas desse fator o clube ficaria extremamente vulnerável, visto haver o risco de suspensões e contusões. Claro que a existência do ídolo é importantíssima para atrair torcedores, e mais, para criar a cultura de se ir ao estádio, o que pode passar para as gerações vindouras criando assim uma maior sustentabilidade para esse tipo de receita.

Quanto às receitas de broadcasting, convém esclarecer que grande parte das mesmas advém dos direitos do campeonato nacional, que precisaria ser mais atrativo do que os demais concorrentes – espanhol, alemão, inglês e italiano, por exemplo – para dessa forma ter uma valorização expressiva.

Não pretendo aqui estabelecer que as previsões realizadas, sejam essas positivas ou negativas, estão corretas ou não. Se assim fizesse estaria incorrendo no mesmo erro de opinar de forma supostamente técnica sem se ter os elementos necessários para isso.

O intuito desse artigo é chamar a atenção para o erro que se comete ao não encarar o marketing como algo científico, cujas previsões são necessárias, desde que embasadas por números, pesquisas, planos e modelos, ao invés de meros “achismos”.


Afinal de contas, como dizer se algo dá retorno sem saber o que se espera e em que tempo? Ressaltando que parte desse retorno é intangível.

Contudo, o que mais impressiona é ver o espaço que a mídia concede para palpites dessa natureza, o que nos remete às iniciativas similares de previsões sobre os acontecimentos do próximo ano ou mesmo às sessões de horóscopo.

 

Leia mais em: http://halfen-mktsport.blogspot.com.br/

QUEM DIRIA, PARIS AOS NOSSOS PÉS

por Zé Roberto Padilha


Zé Roberto Padilha

Em meio a tanta polêmica durante a transferência do Neymar do Barcelona para o Paris St. Germain, senti, durante a exibição do Globo Esporte, um imenso orgulho de ser brasileiro um dia após ter vergonha de ser. A reportagem mostrava uma imensa fila em torno do quarteirão da Champs-Élysées não para buscar, com exclusividade, o ultimo livro de Harry Porter. Muito menos, para o lançamento de um iPhone de ultima geração. Em Paris, a cidade luz, o produto cobiçado por todos desta vez era brasileiro. A imensa fila buscava a primazia de conseguir uma camisa do PSG que vestiria a nossa maior matéria prima de exportação: um jogador de futebol.

Não temos os cérebros que trabalham no Vale do Silício, muito menos a pretensão de alcançar o berço da literatura inglesa. Porém, nenhum país do mundo conseguirá produzir um jogador de futebol do nível do Neymar.


Como país eternamente colonizado e explorado, desde cedo portugueses, franceses, holandeses e ingleses desembarcaram em nossas costas para levar nossas riquezas. Com o Pau-Brasil pintaram seus tecidos, com a borracha ergueram a Pirelli e a Good Year, e o açúcar viajou para adoçar suas iguarias. E o café acabou tomando o lugar do chá pelo mundo. Mas quanto ao jogador de futebol, Pero Vaz Caminha já avisava em carta que seria mais difícil:

“Aquele povo tem a cultura de base européia, a agilidade e a força Etiópia e a simplicidade natural dos seus nativos. Seu segredo é colocar tal diversidade desde cedo em campos irregulares, de terra batida, atuar completamente descalços, e exercer exaustivamente este dom, principalmente porque seus meninos carentes não conseguem acesso à educação. Utilizam o tato atrelado à bola, no lugar de afastar a sensibilidade com chuteiras, como fazem pelos laboratórios de futebol pelo mundo. Dali retiram soluções inusitadas, inesperadas, que os zagueiros pelo mundo, e suas retrancas suíças, levarão séculos para desenvolver uma vacina”.


Tudo bem, assistindo o atual nível do Campeonato Brasileiro, Neymar deve ser mesmo a nossa última matéria prima de excelência. Campinhos de pelada nas periferias foram ocupados pelo Projeto Minha Casa, Minha Vida. E o Bolsa Família fez com que as mães carentes tirassem seus filhos da pelada e os colocassem na escola. E os vacinassem. Quem diria, a conquista da dignidade cidadã está secando na fonte nossa ultima espécie em extinção. E Paris, que pena, Alain Delon, Brigite Bardot, Cristian Dior e seus perfumes, nunca mais vai ser curvar aos nossos pés.

VIVA O GOL!!!!

 

:::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


(Foto: Nana Moraes)

Existem dois tipos de goleadas, a do time que joga ofensivamente, parte para dentro e se desguarnece na defesa e a dos que se acovardam tentando garantir um resultado. Ah, mas esses medrosos quando levam o primeiro gol, a porteira se abre e aí vira festa.

Unai Emery, técnico do PSG, foi covarde e pagou por isso. Ele achou que ainda treinava o Sevilla, onde esse tipo de esquema pode até funcionar. Mas o PSG não é Sevilla e não merecia uma postura covarde dessas.

O Barcelona é maravilhoso porque não muda o seu esquema de jogo. Na verdade, muda de ofensivo para muito ofensivo, dependendo da circunstância. E como pode um time que nem jogou tão bem assim dar de seis no PSG, um gigante do futebol mundial?

Porque quando gigantes são comandados por mentes apequenadas o resultado é esse. Vivemos isso anos e anos com a seleção brasileira e investir no futebol retranqueiro deu no que deu.


Será que essa dupla de zaga brasileira, Thiago Silva e Marquinhos, continuará sendo tratada como a melhor do mundo? Dante, David Luiz e tantas outras estrelas inventadas continuam por aí enganando os trouxas, não a mim. No final do jogo, Thiago Silva disse que não se envergonhava. Tá maluco?

Quando estava no Flamengo tomei de seis do meu Botafogo e nem conseguia sair na rua, mas não chorei sentado na bola, não!!! Perder faz parte, goleadas fazem parte do espetáculo, mas covardia tem seu preço e o PSG pagou.

À noite, teve o jogo do Flamengo contra um time que está em greve, andava em campo e nem dá para analisar. Espero que a torcida rubro-negra não se iluda com esse jogo, pois o time do Papa foi bem representado por seu goleiro, o papa-tudo, kkkkk!!!!

No mais é dar vivas ao Neymar, Suarez e Messi!!! Viva o Barcelona!!! Viva o futebol ofensivo!!! E tomara Deus que esses vivas um dia voltem a ser nossos!!!


– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 14 de março de 2017.  

GOL DE PLACA

Hoje é aniversário do craque Leonardo!! Com passagens por Flamengo, São Paulo, Milan e seleção, o ex-lateral marcou um dos gols mais bonitos da história quando atuava no futebol japonês!

CRAQUES DA SEMANA

Como já era esperado, o duelo entre dois ídolos do futebol mundial foi muito acirrado e teve grande repercussão! O equilíbrio foi tão grande que não houve um vencedor! Veja grandes momentos da dupla!