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Messi

UM ÍDOLO É MUITO MAIS QUE CRAQUE

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


A ausência de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo na entrega da Bola de Ouro escancara definitivamente a infantilidade dessa geração, um comportamento que a garotada define como Nutella e mimimi. São craques e isso não se discute, mas são mimados ao extremo, vaidosos, personagens de contos de fadas.

Messi já disse que não jogaria mais pela seleção argentina, fez biquinho, mas acabou voltando. Cristiano chorou porque foi expulso. Choram e reclamam por motivos fúteis. Para mim, não são referências.

Se você decide faltar a um evento dessa relevância, que faça como o ator Marlon Brandon, que, em 1973, recusou a estatueta do Oscar e mandou em seu lugar uma ativista indígena para mostrar seu repúdio à forma como os nativos eram tratados nos Estados Unidos. Dessa forma, se constrói um ídolo.


Para mim o ídolo tem que ter atitude, postura, iniciativa. A mesma que Afonsinho teve quando criou a Lei do Passe e trocou de clube por não aceitar cortar o cabelo. Os cabelos grandes, em nossa época, não eram uma modinha, mas uma forma de se manifestar. Que os piercings, brincos e tatuagens de hoje também sejam um grito contra o preconceito.

Na década de 60, conheci a socióloga americana Angela Davis e passamos a usar o futebol como uma ferramenta contra a discriminação racial. Mas em 1996 já existia o tal mimimi e a seleção olímpica, dirigida por Zagallo, também se negou a subir ao pódio para receber o bronze. Lembram-se disso? Pura birra.

Os atletas precisam entender que a derrota dói, mas deve ser encarada com dignidade, não com desleixo e deboche, como fez Ronaldinho Gaúcho, que usou o celular, no pódio, durante a entrega do bronze, em 2008.


Estive com Rogério Bailarino há alguns dias. Ele até hoje lamenta ter se contundido e cortado às vésperas da Copa de 70. Foi buscar na Igreja Messiânica explicação para isso. Dirceu Lopes até hoje chora por não ter ido ao México, assim como Ado, do Bangu, lamenta o gol de pênalti perdido na final do Brasileiro. Me culpo até hoje por um gol perdido contra a Holanda, assim como Zico deve sofrer até hoje pela falta de um Copa em seu currículo.

Hoje a derrota é banalizada. Não que a dor precise ser eternizada. Mas Felipão, por exemplo, continua se achando o último biscoito do pacote mesmo após o 10×1 (sete da Alemanha e três da Holanda). Vamos ver agora com mais essa desclassificação.

Os discursos mudaram. Hoje o futebol está infestado de palestrantes, do veterano Tite ao jovem Barbieri, que ficou tentando nos convencer até o último minuto que esse time sem molho do Flamengo é bom.


O melhor dessa bagunça toda é quando o “professor” se vê em maus lençóis e precisa furar um bloqueio, mudar o rumo do jogo. Ele olha para o banco e vê um Pedrinho, do Corinthians. Por sinal, esse garoto no banco é o retrato do futebol covarde praticado hoje. “Aquece, Pedrinho!”. Talvez ele não pratique boxe como Sassá e Felipe Melo, mas quando a porca torce o rabo, graças aos céus, é a arte do menino magrelo e bom de bola que ainda prevalece. 

SIM, ELES SÃO HUMANOS!

por Marcos Vinicius Cabral


Criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido a presidência da FIFA, a Copa do Mundo é hoje o evento esportivo mais importante do planeta.

Desde a primeira edição em 1930 – realizada no Uruguai e vencida pela equipe Celeste – até a mais recente – estamos nas oitavas de final da Copa de 2018, na Rússia – muitas coisas aconteceram nessas 21 edições.

Se vivo fosse, o “pai da Copa do Mundo” – falecido em 1956 na modesta cidade francesa de Suresnes – estaria surpreso com a grandiosidade que o evento se tornou e estarrecido com a quantidade de jogadores talentosos que não ganharam o tão almejado título.

A lista, extensa, diga-se de passagem, teve no sábado (30), a inclusão de mais dois nomes de peso: Messi e Cristiano Ronaldo!


Desclassificados pelos algozes franceses e uruguaios, os dois maiores gênios da atualidade e detentores de dez prêmios de melhor jogador do mundo da FIFA – cada um com cinco – viram o sonho se tornar frustração.

O craque argentino Messi – há quem diga ser melhor que Maradona – sucumbiu para uma França mais organizada e com um talentoso Mbappé – autor de dois gols – que com apenas 19 anos, ditou o ritmo da partida na vitória por 4 a 3.

Já o português CR7, teve atuação discreta na derrota por 2 a 1 e viu a dupla Cavani/Suárez, comemorar a classificação às quartas de final.


Portanto, é uma pena para o futebol, para a Copa do Mundo e para os que torciam pelo sucesso desses dois exuberantes jogadores, que tenham que voltar aos seus países de mãos vazias.

E nos deixa a única certeza sobre esse esporte chamado futebol: sim, Messi e Cristiano Ronaldo, são humanos!

ATLETA OSTENTAÇÃO

por Idel Halfen


Certamente cada um de nós tem em seu círculo de conhecidos alguém que, mesmo que não tenha boas performances na modalidade esportiva a que se propõe a praticar, está sempre bem equipado para treinos e competições, o que é ótimo em termos de conforto e segurança, ainda que possa parecer estranho aos olhos do pessoal da old school daquele esporte.

As marcas esportivas atentas a esse nicho não medem esforços para desenvolver e lançar produtos destinados a esse público, lembrando que a parte relativa ao desenvolvimento é algo natural ao segmento, vide o forte investimento em pesquisa e inovação por parte das grandes marcas que usam seus atletas patrocinados para testar e endossar seus produtos.

Atuando dessa forma, as marcas não apenas trabalham o aspecto de evolução dos produtos, como também atingem o lado aspiracional do consumidor em busca de performance, de conforto e de possuir algo de um campeão, ainda que seja apenas o equipamento.


Um case que ilustra bem esse conceito do aspecto aspiracional como fator influenciador ocorreu numa empresa que ao implantar um programa de qualidade de vida para seus colaboradores não teve a adesão esperada no início, mesmo disponibilizando locais e modalidades variadas como opções. O quadro mudou positivamente quando a empresa começou a divulgar mais fortemente os patrocínios a atletas e mostrá-los em algumas situações de treinamento com a mesma camisa fornecida ao funcionário para a prática das atividades. Paralelamente foram criadas ações que propiciavam aos colaboradores a possibilidade de participarem de eventos externos, dentre os quais maratonas em outros países.

Assinale-se que se trata de uma estratégia de posicionamento bastante óbvia e eficaz, ainda que alguns “especialistas” critiquem as empresas de produtos esportivos alegando que as mesmas não dão atenção ao consumidor por ofertarem bens utilizados também pelos atletas de alto rendimento. Pasmem!


Os argumentos para justificarem tal ponto de vista – bastante míope, por sinal – vão desde a alegação de que o mesmo modelo de camisa utilizado pelos jogadores de futebol não deveria ser comercializado, até a de que praticantes de corridas não poderiam usar os mesmos calçados dos atletas de ponta, deixando assim evidente a ignorância a respeito das diferenças existentes entre tênis para competição e para treinamento, sendo mandatório esclarecer aqui que ambos são eficazes, evidentemente, se calçados para os objetivos a que se propõem. 

Se tais especialistas fizessem um exercício de reflexão sobre o que significa escrever publicamente como donos da verdade acerca de um tema que não dominam o suficiente, constatariam a importância do aspecto aspiracional na vida das pessoas, afinal, tentam através de um meio/equipamento parecer ser o que não são, mas têm vontade de ser.
Algo bem similar aos que usam o mesmo produto de seus ídolos.

PELÉ ETERNO X MESSI

por Serginho 5Bocas


(Foto: Reprodução)

Pelé é o maior jogador de futebol de todos os tempos e maior atleta do século XX e continua com sua fama inabalável mundo afora. Mas olha que no seu próprio terreiro, tem muita gente boa que vive duvidando dele, se era mesmo essa “Coca-Cola” toda, se sobrava na turma… vê se pode?

Não pude vê-lo em ação em sua plenitude, mas ouvi muito a seu respeito de muita gente boa e que sempre pude confiar,. Depois o filme “Pelé eterno” veio para confirmar minhas expectativas, o cara era sobrenatural mesmo, um espanto.

Mas vamos ao que interessa, ao duelo da vez, pois de tempos em tempos a imprensa catapulta algum candidato a superar o rei Pelé, e pobre de nós que temos que ficar ouvindo esta ladainha, esta história surrada amiúde.

O cara da hora é o Messi, então vamos pra porrada!


(Foto: Reprodução)

Pra inicio de conversa, vou fazer uma breve observação: um craque só pode ser “medido” ao final da carreira, que é quando podemos analisar seu legado. Comparar um jogador que já deixou sua herança com outro que ainda está na sua plenitude pode ser injusto, mas vamos lá, o desafio está na mesa:

Clubes:


(Foto: Reprodução)

Pelé jogou no Santos e fez dele o maior clube do mundo de sua época, o Santos não era muita coisa antes de Pelé, nem foi depois, o negão era transformador…

Messi joga no milionário Barcelona, clube que sempre foi rico e continuará sendo. É inegável que o Barça com Messi é muito melhor do que sem ele, e as suas atuações são imperdíveis a cada rodada, mas Messi não fez o Barcelona, é só recordar quem esteve por lá nos últimos anos: Cruyff, Maradona, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, entre outros… Queria ver o Messi jogar num clube de menor expressão e torna-lo forte como Pelé fez com o Santos, com muita propriedade.

Nessa não tenho dúvida em cravar o Rei:

PELÉ 1X0 MESSI

Seleção:

Pelé foi campeão do mundo com 17 anos, fez seis gols em quatro jogos e marcou na final, decidindo a Copa de 1958 nos jogos de maior dificuldade. Jogou quatro Copas e venceu três delas, fazendo 12 gols em 15 jogos e balançando a rede em duas finais de Copa do Mundo. Não é pouco, né?.


(Foto: Reprodução)

Messi já foi a três Copas e não conseguiu fazer a diferença pela seleção argentina. Atualmente, Messi tem tido atuações espetaculares e sua média de gols pela Argentina vem crescendo, mas vamos esperar a Copa de 2018 para dar um veredito mais consistente.

Por hora, ponto fácil para a fera:

PELÉ 2X0 MESSI

Títulos:

Pelé pelo Santos venceu: dez paulistas, quatro torneios Rio-São Paulo, seis brasileiros, duas Libertadores e dois mundiais, sem contar os títulos de menor expressão. Venceu muito por aqui, quando atuar no Brasil, era jogar num campeonato de alto nível. Pela seleção, como já foi dito, venceu três Copas do Mundo em quatro disputadas e conquistou outros títulos de menor expressão. Entre os inúmeros prêmios individuais que não cabe na crônica, destaco o de atleta do século dado por várias entidades.


(Foto: Reprodução)

Messi já venceu pelo Barcelona oito campeonatos espanhóis, quatro Liga dos Campeões e três mundiais de clubes, sem contar também com torneios de menor valor. Pela Argentina, venceu um mundial sub-20 e uma Olimpíadas. Individualmente, já tem uma lista extensa de premiação, com destaque para a Bola de Ouro da FIFA, que já venceu 5 vezes, mas ainda não conquistou a Copa do Mundo, aí…

Essa foi a disputa mais dura e Messi tem tudo para ultrapassar o Rei neste quesito num futuro próximo, mas ainda não dá pra ele, fico com o Rei de novo, e olha que não havia Bola de Ouro da FIFA naquele tempo, valeu? Se tivesse quem derrubaria o Rei?

Ponto para o ET

PELÉ 3X0 MESSI

Gols:

Não acredito que Messi possa fazer tantos gols quanto o Rei até o final de sua carreira, mas é um dos poucos que poderiam chegar perto ou incomodar.


(Foto: Reprodução)

O problema é que Messi arrancou tarde, ele está bem próximo do seu apogeu, que em média vai dos 25 aos 30 anos, após isto a tendência é reduzir a marcha. Messi faz 30 este ano e a favor do argentino pesa o fato de que ele se contunde muito pouco, talvez pela sua juventude e genética. Além disso, seu time toca muito a bola, evitando mais contato, mas a musculatura hoje é mais exigida pela velocidade atual do jogo, em contrapartida, a medicina evoluiu muito, recuperando os jogadores cada vez mais rápido.

Tai uma grande interrogação. Só o tempo dirá se Messi manterá essa média de gols incríveis, mas só para apimentar a discussão, com 21 anos Pelé já tinha 500 gols e com 29 fez 1000.  Acho bom o Messi se apressar, senão não chega nem perto do Negão.

Nessa ele deu capote!


(Foto: Reprodução)

PELÉ 4X0 MESSI

Acho que já está bom parar por aqui, ou alguém vai tirar algum coelho da cartola?

Quer saber de uma coisa pessoal, Rei só tem um e é brasileiro. Que orgulho do rei ser nosso!

Vamos parar de palhaçada!!!!

UM REI PRESTES A PERDER A MAJESTADE

por Luan Toja


Apresentação de Neymar no Barcelona

Quando Neymar resolveu deixar o Santos para seguir rumo à Barcelona, sua escolha foi criticada por aqueles que previam que o menino da Vila seria ofuscado por Messi, em terras catalães. O que, na verdade, era realmente previsível. “Ainda vai levar um tempo para Neymar assumir o protagonismo de uma das maiores potências futebolísticas do mundo”, dizia o senso comum.

Mas parece que esse tempo chegou e é agora!

Já na temporada passada, houve uma espécie de prelúdio dessa provável transferência de responsabilidade. Pelo Barcelona, eles juntos conquistaram a tríplice coroa espanhola, mas por suas respectivas seleções, a performance de ambos foi bem antagônica.


Messi lamenta pênalti desperdiçado

O argentino fracassou em sua missão de conduzir a Albiceleste à quebra do jejum de 23 anos sem títulos profissionais, ao perder a decisão da Copa América para o Chile. No principal desafio de Messi no ano, o craque desperdiçou, inclusive, sua cobrança na disputa de pênaltis.

Por sua vez, o brasileiro conseguiu atingir seu principal objetivo, liderando a conquista do inédito ouro olímpico da seleção pentacampeã mundial, na Rio-2016. O fato curioso que exacerba o antagonismo do desempenho “patriótico” dos craques, ficou por conta do destino que reservou à Neymar a definição da vitória tupiniquim na decisão por pênaltis da grande final contra a Alemanha, no Maracanã. Final esta pra lá de especial devido a seu ares de revanche do fatídico e inesquecível 7 a 1 da Copa de 2014, também disputada em terras tupiniquins.

O ano de 2016 ainda guardava um confronto direto entre os dois. E mais uma vez o sucesso foi brasileiro. Em novembro, Neymar comandou o Brasil e ainda marcou um dos gols do atropelo por 3 a 0 sobre a Argentina de Messi, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa de 2018.


Neymar venceu o duelo contra Messi pelas Eliminatórias

Diante desses fatos, arrisco-me a dizer que a vaga de Messi, entre os três melhores do mundo da FIFA do ano passado, era de Neymar ao lado de Cristiano Ronaldo, em primeiro, e Griezmann, em segundo.

E a partida de ontem só confirmou o presságio da temporada passada. Com Messi apagado, Neymar assumiu o papel principal de uma virada heróica, a maior da história da Liga dos Campeões da Europa.


O Barcelona havia perdido o primeiro jogo do confronto com o Paris Saint-German por 4 a 0. Na partida de volta no Camp Nou, o time catalão abriu 3 a 0, mas aos 17 minutos do segundo tempo, Cavani diminuiu para o time francês, o que obrigava os catalães a vencerem por cinco gols de diferença. Foi aí que Neymar chamou a responsabilidade e operou o impossível. Aos 43, em linda cobrança de falta fez 4 a 1. Três minutos depois, quando o árbitro marcou pênalti de Marquinhos em Suárez, o camisa 11 “tomou o lugar de Messi”, que já havia marcado em penalidade máxima no jogo, e voltoubalançar as redes ao converter a cobrança. E concretizando o milagre, aos 50, após jogada individual, Neymar colocou Sergi Roberto na cara do gol para fazer o tento da classificação histórica.

É amigos… Pelo visto, parece estar chegando ao fim o despotismo argentino na Catalunha.