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PERCALÇOS DE UM TIGRE

28 / abril / 2021

por Rodrigo Ferreira


Certa vez, os amantes do futebol soltaram a perola: “Time Grande Não Cai” para tirar um sarro do seu rival e ficar rodeando os torcedores por aí a fora quando algum time adversário está à beira de ser rebaixado de divisão. Contudo, não deixa de ser uma forma de reduzir ou negar a história do seu antagonista, sendo que os clubes, mesmo de forma indireta, cresceram juntos na rivalidade de um querer ser melhor do que o outro ou no momento do confronto o que está em baixa se recuperar diante de quem está em melhor situação.

A noite de 21 de abril de 2021 vai ficar na história, não somente pelos 229 anos do falecimento do líder da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, mas para os torcedores do Criciúma Esporte Clube vai ser uma noite de tristeza: o tricolor catarinense foi rebaixado pela primeira vez para a segunda divisão do campeonato catarinense.

Na última rodada do estadual, o Tigre precisava vencer o clássico contra o Avaí em casa e contar com uma combinação de resultados. No entanto, os concorrentes diretos estavam pressionados: no estádio Aníbal Costa, em Tubarão, o Hercílio Luz fez a sua parte venceu o Joinville por 4 x 3 e mesmo com a derrota do Concórdia por 2 x 1 diante do Juventus no estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul, o Criciúma não fez a parte dele e foi derrotado por um a zero. O gol foi do lateral-esquerdo Diego Renan que em 2012/2013 atuou no Criciúma e nesta noite decretou o rebaixamento de um dos gigantes do futebol catarinense.

O único clube de Santa Catarina campeão da Copa do Brasil em 1991; Campeão brasileiro da Série B em 2002 e Série C em 2006; Dez vezes campeão catarinense; Ídolos dentro das quatro linhas como Jairo Lenzi, Paulo Baier, Zé Carlos e entre tantos outros craques que vestiram a camisa do Tigre. Além disso, no banco de reservas do estádio Heriberto Hülse, o treinador Luiz Felipe Scolari, pentacampeão mundial com a seleção brasileira, já esteve posicionado no comando da equipe nos anos 90. Não, jamais a atual situação representa de forma alguma a história construída pelo tricolor do sul catarinense para o futebol de Santa Catarina.

Torcedor do Criciúma, momento de caça às bruxas para achar os culpados: diretoria, comissão técnica, jogadores ou foi o conjunto da obra. Difícil saber quem foi o(s) culpado(s) pela situação da equipe, mas a instituição Criciúma Esporte Clube vai ficar e precisar de vocês, os fiéis torcedores carvoeiros e lembrem-se da estrofe do samba que foi eternizado pela voz da madrinha Beth Carvalho: “Levanta sacode a poeira, dá a volta por cima / Levanta sacode a poeira, dá volta por cima”.

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