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MARCOLINO, O POSSÍVEL INTRODUTOR DO GOL DE BICICLETA NO BRASIL

por Antonio Carlos Meninéa

A história por trás da “história oficial”.

O primeiro gol de bicicleta que se tem notícia foi do espanhol naturalizado chileno, Ramón Uzaga, em 1914. Quando pensamos em Brasil a primeira imagem que vem na cachola é Leônidas da Silva, o Diamante Negro. Por mais que não seja oficial, ele carrega o título de introdutor do gol de bicicleta no Brasil.

Não tenho certeza se Leônidas já marcava gols de bicicleta nos anos 30, e antes dele, nos anos 20, Petronilho de Brito. Mas é certeza que ambos praticavam a jogada de bicicleta.

Teria sido o Diamante Negro o verdadeiro pai da criança?


Figura 1 Diamante Negro em foto clássica

Figura 1 Diamante Negro em foto clássica

 Após conversar com o amazonense Gaspar Vieira Neto, professor de história, pesquisador e autor de um espetacular livro com mais de 600 páginas intitulado “Memória do Esporte Bretão Caboclo – Os primórdios do futebol no Amazonas de 1903 a 1914”, confesso, fiquei com a pulga atrás da orelha.

O renomado professor afirma que a história reputada como “oficial” pode não ser a real, já que existem profundas pesquisas feitas por três importantíssimos nomes do segmento intelectual/esportivo amazonense, que contestam a paternidade do gol de bicicleta. São eles: O jornalista Carlos Zamith, o antigo cronista esportivo Aessene, e o intelectual amazonense, Almir Diniz.

Os três, que se lançaram de corpo e alma nas pesquisas e resgate histórico, entrevistando dezenas de ex-jogadores, ex-técnicos, jornalistas esportivos, e torcedores que estiveram em vários jogos nos anos 10 e 20, afirmam categoricamente que o primeiro executor das jogadas de bicicleta, bem como autor do primeiro gol desse novo estilo em solo brasileiro, pode sim ter sido, aliás, pode não, foi, o amazonense Marcolino Lopes da Silva, o “Marcolino”.


Figura 2 Marcolino (acervo Gaspar Vieira Neto)

Figura 2 Marcolino (acervo Gaspar Vieira Neto)

O primeiro gol de “espanholita”, assim era chamado o gol de bicicleta naquela época em Manaus, teria ocorrido entre os anos de 1921/1923. Ainda na década de 20, Marcolino marcaria mais um de bicicleta. Ou seja, antes do Diamante Negro e Petronilho de Brito.

O cronista Aessene foi testemunha ocular do futebol manauara nas décadas de 1910 e 1920, presenciando Marcolino executar algumas vezes a”espanholita”, bicicleta em Manaus, em clara referência ao craque espanhol naturalizado chileno. Em certa ocasião, assinou matéria no Jornal do Comércio para que tal feito nunca mais fosse esquecido.

O monstro sagrado do jornalismo esportivo, Carlos Zamith, colheu inúmeros depoimentos de cronistas, torcedores e colegas jornalistas, que vivenciaram esse espetacular período inicial do gol de bicicleta, sempre publicando a façanha amazonense em sua coluna “baú Velho”, em jornais e livros.

Já o intelectual Almir Diniz publicou, em um jornal de 1953, afirmação relatando que Marcolino, quando jogava no infantil do Nacional, de 1915 a 1919, já executava com frequência a espanholita ou bicicleta.

Para colocar mais lenha na fogueira, existem várias entrevistas a jornais, do próprio autor do feito, Marcolino, falando sobre seus gols de espanholita, inclusive, em uma de suas entrevistas descreve como foi a execução de um deles. 

Infelizmente, por ser uma novidade a tal espanholita ou bicicleta, os jornais da época certamente não sabiam como descrever tal gol, limitando-se a dizer gol bonito, belo gol e outros. Uma pena, pois se houvesse uma menção jornalística dizendo gol de espanholita ou até mesmo de bicicleta, termo que acabou pegando nacionalmente, aí sim teríamos a arma do crime.


Figura 3 Ilustração Marcolino dando bicicleta no Parque Amazonense (acervo Gaspar Vieira Neto)

Figura 3 Ilustração Marcolino dando bicicleta no Parque Amazonense (acervo Gaspar Vieira Neto)

O boleiro amazonense que jogou por muitos anos teve grande destaque pelo Nacional Futebol Clube e seleção amazonense, sendo um dos maiores craques nesse período futebolístico amazônico. 

Se tivesse atuado nos grandes centros, Rio de Janeiro ou São Paulo, e não em Manaus, que devido a sua distância e isolamento, tinha dificuldades em levar informação ao restante do país, talvez, o nome de Marcolino reverberasse em todo o território nacional como o pai da bicicleta.

Marcolino Lopes da Silva nasceu em Manaus, em 1904, no bairro dos Tocos (atual bairro de Aparecida), falecendo em Manaus, aos 93 anos, em 1998.

Essa é a história por trás da história oficial.

Afinal, quem é mesmo o pai do Gol de Bicicleta no Brasil?    

O GOL DE PLACA DO JOELMIR

por Serginho 5Bocas


Na madrugada de 29 de novembro de 2012, morreu Joelmir Betting, o grande jornalista que facilitava a vida da galera, traduzindo o economês para um português bem mais fácil de digerir, mais e daí, o que esse cara tem a ver com futebol? 

No dia 5 de março de 1961, Pelé faz um golaço, driblando cinco zagueiros desde o meio de campo e mais o goleiro do Fluminense Castilho, num jogo entre o Santos e o Fluminense, no Maracanã. O gol foi tão bonito que o homenagearam com uma placa no saguão do estádio. Além disso, no filme “Pelé Eterno”, tentaram reconstruir, sem sucesso, a jogada com o futuro jogador do Fluminense “Toró”. Valeu mais pela tentativa do que pelo resultado, mas tá valendo.

O mais curioso é que, naquele dia, Joelmir Betting ainda repórter do extinto jornal “O Esporte”, testemunhou e materializou o gol, dizendo em “Sampa” que o gol do Pelé era digno de uma placa.


Pronto, a ideia foi comprada e Joelmir encomendou a tal placa e pagou do próprio bolso a mesma, que virou sinônimo de gol espetacular.

Hoje, a placa está exposta no saguão de entrada das tribunas, ao lado do Museu do Maracanã para visitação. 

Pelé, muitos anos depois, retribuiu a homenagem dando a Joelmir uma placa com os seguintes dizeres: “Do autor do gol de placa ao autor da placa do gol”. 

O PENTATEUCO DE ZICO

por Luis Filipe Chateaubriand


Eis os cinco gols mais bonitos da carreira de Zico:

5) Flamengo jogava contra o Santa Cruz, pela Copa União, em 1987, vencia por 2 x 1, quando há falta na entrada da área, do lado direito. Adivinha quem vai bater? Zico contraria as leis da física, jogando a bola no ângulo esquerdo e decretando 3 x 1 no placar.

4) Brasil e Iugoslávia, amistoso em 1986, às vésperas da Copa do Mundo, Zico pega a bola na intermediária, sai driblando todo mundo e só para dentro do gol, entrou com bola e tudo, um golaço.

3) Jogando no Japão, em 1992, Zico recebe o cruzamento, a bola vem por trás dele, ele vê o goleiro adiantado e, solução genial, usa o calcanhar para encobrir o goleiro – o fantástico gol escorpião.

2)  Brasil x Paraguai, em Assumpção, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo em 1985, Zico recebe passe de Leandro na intermediária, puxa a bola de calcanhar para a frente e, na decaída desta, emenda para o gol sem ela quicar no chão. A bola sai rasante, quica na pequena área e “morre” no canto direito da rede.

1) Flamengo e Criciúma, em 1988, Bebeto está na esquerda, próximo à grande área, rola a bola para o meio com extrema categoria… Zico vem na corrida e emenda um balaço, uma cacetada, que entra no ângulo esquerdo do gol catarinense – segundo o próprio Zico, esperou a carreira inteira uma rolada de bola como aquela.

E aí? Lembra outros golaços de Zico? Vamos debater!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada

HOMENAGEM DO GRUPO CARIOCA LEONINO AMIGOS DO SPORTING AO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

por Grupo Carioca Leoninos Amigos do Sporting


Sporting Clube de Portugal

Clube português vitorioso e de muita tradição esportiva,

em tua bandeira e emblema

tens o verde da esperança

o branco da paz e o imponente leão dourado,

como símbolo maior de tua coragem, garra e determinação

a lutar eternamente em prol dos verdadeiros ideais do esporte que valorizam ainda mais todas as suas grandes conquistas.

Sporting do grande José Alvalade

e do eterno Presidente João Rocha,

Sporting das grandes conquistas nacionais e internacionais

no Futebol, no Hóquei em Patins, no Atletismo, no Andebol,

no Futsal, no Ciclismo, no Judo,

no Goalball e em tantas outras modalidades esportivas que mostram todo o seu ecletismo.

Sporting do Campeão Olímpico da Maratona, o grande atleta Carlos Lopes; do maior mundial hoquista de todos os tempos, o grande Antonio Livramento e da fantástica “Equipe Maravilha” do Hóquei em Patins;

do maior Ciclista de Portugal, o eterno Joaquim Agostinho;

do maior goleiro do mundo de Hóquei em Patins, Ângelo Girão;

do maior jogador da história do Beach Soccer, Madjer;

do Campeão Europeu e Mundial de Kickboxing, Fernando Fernandes; do Campeão Mundial de Judo, Jorge Fonseca;

Sporting dos inesquecíveis “Cinco Violinos” Fernando Peyroteo, José Travassos, Jesus Correia, Vasques e Albano

e de outros grandes craques do Futebol: João Morais, Vítor Damas, Peter Schmeichel, Héctor Yazalde,

Krasimir Balakov, Ivaylo Iordanov, André Cruz, Luisinho, Rui Jordão,

de Luís Figo e de Cristiano Ronaldo eleitos “Melhores do Mundo FIFA”

e de tantos outros grandes nomes do desporto português, europeu e mundial.

Clube de homens, mulheres e crianças

de todas as raças, de todos os credos,

de muitas nacionalidades e ideologias,

que se unem a compartilhar o mesmo sentimento de irmandade sportinguista

gravado no coração de cada um deles.

Potência esportiva de dimensões mundias

com diversos núcleos espalhados pelos cinco continentes mostrando a sua força

e toda a sua grandeza social e cultural.

Por tudo o que representas

os teus adeptos em todos os recantos

e nos diversos estádios e ginásios do nosso mundo, cantam, celebram e proclamam:

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E GLÓRIA. EIS O SPORTING!

Portugal, território milenar, simbolizada na Cale da Portucale desde os godos. Portugal do Portogatelo grego, viu nascer em suas terras um Clube multidesportivo com sede em Lisboa, hoje, Complexo Alvalade XXI: o Sporting Clube de Portugal.

O lema do Sporting Clube de Portugal, “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Eis o Sporting”, evidencia a história de glórias oriundas da dedicação de seus membros desde a fundação em Lisboa a 1o de julho de 1906, cidade que pode ser eternamente cantada pelos bardos:

Lisboa

Senti a paz, a vida pulsar

Na cidade de Pessoa

De reis, Cavaleiros

Presentes hoje, no passar

Estribos, novo, presente

Castelo e tecnologia

Ontem e hoje

Em mim ausente

Lócus presente!

Nunca esquecido

Trouxe saúde, meio, fim

Almada, fado, cafés

Semente do mundo

Porto das descobertas

Esperança das colinas aos pés

Dos que caminham por terras calmas Antigas, ainda presentes

Nunca esquecidas, redivivas Que conquistaram min’alma

autoria: Adílio Jorge Marques, (escrito em 08.06.2012), In ”Caminhos” Ed. Livro Rápido, 2013.

Portugal, terra mágica, que oferece ao mundo filho brilhante como o dourado de suas conquistas. Clube familiar, competitivo em vários desportos diferentes, o Sporting Clube de Portugal, um Clube conhecido mundialmente pelas suas conquistas. Fundado em Lisboa em 1 de julho de 1906, porta em seu emblema um leão rampante de cor branca, e dourado a partir de 2001, sobre fundo verde. Heráldica da vitória e do orgulho lusitano!

Em 1964 acontece o título mais significativo alcançado no meio futebolístico com a Taça dos Vencedores das Taças da Europa e o célebre e eterno “Cantinho do Morais”. A caminho da final, o Sporting venceu por 5-0 em Lisboa o poderoso esquadrão inglês do Manchester United, após derrota por 4-1 no campo do adversário, fato inesquecível aos seus apaixonados torcedores e aos amantes do futebol.

Clube múltiplo, multifacetado social e esportivamente, o Sporting fez-se representar sempre sob a bandeira de Portugal em competições olímpicas. Vemos desde o Andebol de Sete, no qual se transformou em potência luso-universal, passando pelo Futsal de vários títulos até hoje, ainda o Hóquei em Patins, sendo uma das melhores equipes do mundo entre os anos 1970 e início dos anos 1980. Ou, também, o Pólo Aquático, sendo o Sporting o primeiro Clube em Portugal a vencer o Campeonato Nacional de Pólo Aquático na longínqua data de 1922.

O Grupo Carioca Leonino Amigos do Sporting do Rio de Janeiro escreve, em breves palavras, esta singela homenagem ao emblema alviverde, pavilhão do amor e da esperança por uma sociedade melhor e esportes altivos.

GUARDIOLESES

por Rubens Lemos


Pretensioso incorrigível, o brasileiro é pedante no futebol sem aceitar a verdade. Arrogantes sempre foram os adversários, ousados intrometidos querendo ganhar do time de Pelé. A rivalidade com a Inglaterra vem da besteira de que um inventou o esporte e o outro aprendeu e tornou-se bem melhor, o melhor do mundo.

O Brasil hoje é um país comparável a México, Bélgica , Argentina, Suécia, Uruguai, Portugal (Com CR7 em declínio), Croácia, Moldávia (exagero meu), jamais no pelotão de frente com França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália e a Inglaterra. Os ingleses que criaram o jogo e, na malícia latina, ficaram apenas com o direito de vê-lo, estão mandando na bola mundo afora.

A decisão da Champions League entre o Manchester City e o Chelsea, clássico bretão, confirma a supremacia de um país que se encheu de craques, de ótimos técnicos e vem apresentando futebol sem aqueles tradicionais chutões e chuveirinhos que tanto detonávamos.

O Manchester, do monstruoso Pep Guardiola, está liquidando os concorrentes com requintes perversos. Toma um gol e fica no toque-toque ou Tike-Taka, a maravilha revolucionária do Barcelona de Guardiola e Messi.

E, no Manchester, Guardiola não tem Messi. É um jogo cíclico. Pode começar na falsa aparência de monotonia e, de repente, marchar e tricotar os onze do outro time cortando-os em deslocamentos de tesoura afiada.

Vou torcer por Guardiola, que entende o futebol como espetáculo, como uma peça de teatro ou um filme épico no cinema. O torcedor paga e só não entra de smoking para ver, nos pés dos guardioleses, o que resta de beleza pragmática em campo gramado.

Guardiola amava a seleção brasileira de 1982 e inspira seus times na habilidade giratória do esquadrão de Telê Santana. Guardiola lembra mais daquela seleção do que qualquer fanático nacional.

Estudou, reviu partidas e montou seu esquema, que invejosos acreditaram terminar na sua separação profissional de Messi. Guardiola tem tudo para vencer a Champions. Sábio, Guardiola não quer com ele tipos do tipo Valdir Peres, Cerezo e Serginho Chulapa, aberrações que Telê nos fez engolir na pirraça.