por Zé Roberto Padilha

Logo pela manhã, uma chamada no GE: joia da base do São Paulo faz gol pra concorrer ao Prêmio Puskas. Estava atrasado e levei minha curiosidade para o trabalho. E ela foi aguçada quando um amigo no trabalho foi logo dizendo: “Você viu?”
Seria de bicicleta? Olímpico? Driblou três defensores e deslocou o goleiro? E tome elogios ao Ryan Francisco, o dono do feito, a tal joia da base do São Paulo, que fui ouvindo e colecionando elogios na volta pra casa.
Quando finalmente consegui ver o gol, um sentimento de pena, dó e compaixão nos dominou. Coitados, não assistiram ao Dirceu Lopes jogar. O Romário entrar na grande área e com sutileza, não com espanto, surpresa, dar um toque por baixo diante de um guarda-meta que saía em desespero.
O talento do jogador brasileiro anda tão escasso, que, hoje, um atacante dominar uma bola dentro da área e encobrir o goleiro, algo tão corriqueiro nos pés de Túlio, Assis, Nunes, Roberto Dinamite e torcedores do Flamengo que batem pelada no seu Aterro, já se torna logo um candidato a Prêmio Puskas.
Foi um gol bonito. Mas não de anjo, um verdadeiro gol de placa, quando a galera agradecida assim cantava: Fio Maravilha, que saudades de vocês!
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