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NOSSO AMADO DESTEMIDO

3 / julho / 2019

João Saldanha faria anos hoje. Que saudade sentimos dele, do comentarista mais sincero que nossa imprensa já teve em todos os tempos.

por André Felipe de Lima


“Se eu fosse comprar a Copa Jules Rimet pelo seu valor real seria incapaz de desembolsar mais do que 500 dólares, porque é uma taça horrível, em termos de estética. Entretanto, por seu significado dentro do futebol mundial, estou disposto a dar minha vida para consegui-la, se for necessário”. Hoje, dia em que o inigualável João Saldanha faria 102 anos, a frase proferida pelo próprio, sintetiza a alma valente, livre e independente que o movia. João “sem medo”. Sim, sem medo de dizer o que lhe passava à mente. Se franqueza fosse palpável… ah, se pudéssemos tocá-la, bastaria cumprimentar Saldanha, homem distante de qualquer vestígio de loa ou bajulações, mas próximo, sempre, da verdade, do bem.

O gaúcho Saldanha amansador de burro bravo foi (e bem sabemos) “barrado” pela ditadura militar. Não pôde, devido à covardia dos poderosos, comandar suas domadas “feras” na Copa do Mundo de 70.

Para nós, Saldanha foi (e sempre será) — na verdade, na sinceridade e na amizade — a fagulha que possibilitou a chama do “tri”. “Eu gosto de touradas e, modéstia à parte, entendo desse esporte”. Jamais duvidamos, destemido Saldanha. E jamais deixamos de torcer por você seja lá em que canto ou nuvem do céu se encontre, e sempre integrado ao amálgama celestial do jornalismo esportivo, do qual faz parte o Nelson Rodrigues, seu doce amigo. Mande um abraço para ele, João. E vida que precisa seguir.

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