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VERSÁTIL RAMÓN TOCAVA TROMBONE E FAZIA GOLS

12 / março / 2018

por André Felipe de Lima


Nesta segunda-feira, 12, é aniversário do centroavante Ramón, que brilhou no Santa Cruz e no Vasco ao longo da década de 1970. Um ídolo de duas grandes torcidas que merecerá, sempre, o nosso aplauso!

Foi ele, embora notório centroavante, o meu “ponta-esquerda” titular no time de botão, disputando ferrenhamente a posição com Zé Sérgio. O bom e velho Ramon, que nos tempos de meninice, bem curtidas na Usina do Trapiche, em Sirinhaém, na Zona da Mata, a cerca de 60 quilômetros de Recife, (vejam só!) tocava pistão e trombone na bandinha local. Mas foi com a bola de futebol que ele melhor “tocou”. Fez futebol por música… e, claro, gols. Foram cerca de 150 pelo Santa Cruz. Marca que o deixa entre os maiores goleadores da história do clube, junto com o célebre e mítico Tará (dos anos de 1930 e 40) e o Luciano “Coalhada” Veloso, que também brilhou no Corinthians na década de 1970.


Mas Ramon, por pouco, deixaria de ingressar na carreira de jogador de futebol. Amaro Evilásio, pai dele, um farmacêutico e ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Sirinhaém – e que também apitava algumas “peladas” de vez em quando -, não o queria como jogador. Para o “velho”, o rapaz tinha de permanecer estudando na Usina e mantendo o emprego de ajudante de torneiro mecânico. Para Amaro, o garoto era melhor tocando na bandinha durante procissões da igreja ou em bailinhos que rolando uma bola na terra batida do campo da cidade. Foi, contudo, Dario, que jogou pelo América de Recife e Sport, que convenceu o pai casca-grossa de que Ramon era bom de bola e que tinha espaço garantido no Santinha. Bastaria subir num ônibus para Recife baixar no Arruda. O pai (graças a Deus…) topou.

Pelo Vasco, Ramon, que foi o primeiro jogador de clube pernambucano a ser artilheiro do Campeonato Brasileiro (marcou 21 gols em 1973), foi campeão carioca (1977) e goleador, junto com Roberto Dinamite e o “cobra” Paulinho, que não tinha muita pinta de jogador, mas fazia gol pra burro.


(Foto: Adriana Soares)

Naquele longínquo fim da década de 1970, nos cartõezinhos da coleção “FutebolCards” tinha entre os vascaínos o do Ramon. Lá, ele comentara que seu sonho seria um dia ver seu filho formado. E aí, o garoto se formou, Ramon?

Como faz falta um centroavante como Ramon hoje em dia… foi ele um ‘cabra’ marcado para fazer gols!

ALGUNS VÍDEOS SOBRE O GOLEADOR RAMÓN

 

 

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