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O SUCESSO DO POSSESSO

29 / julho / 2019

por Leandro Costa


Em 29 de julho de 1940, há exatos 79 anos, nascia na cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, Amarildo Tavares da Silveira, Amarildo, “O Possesso”. Amarildo foi um dos maiores jogadores da história do futebol mundial.

Começou sua carreira muito jovem, aos 16 anos, em 1956, no Goytacaz, clube de sua cidade natal.  Em 1958 se transferiu para o Flamengo. Foi injustamente dispensado do clube pelo técnico Fleitas Solich por ser pego com um cigarro. Amarildo não fumava. Um companheiro de clube aguardava, na concentração, um telefonema da namorada e quando o telefone tocou entregou o cigarro para Amarildo segurar. O disciplinador técnico rubro-negro viu Amarildo com o cigarro e quando o jogador foi passar a folga de Natal em casa recebeu o recado que não precisava mais voltar.

Azar do Flamengo, sorte do Botafogo. Amarildo foi então servir o exército e estava pensando em não voltar mais ao futebol. Lá encontrou o zagueiro Paulistinha, do Botafogo, que o convenceu a fazer um teste em General Severiano. Começava aí a relação de Amarildo com o Glorioso. Essa relação veio a formar uma linha de frente considerada como uma das mais poderosos do futebol em todos os tempos: Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.


Pelo alvinegro, Amarildo foi Bicampeão Carioca em 1961/62, Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1962, Campeão do Torneio Internacional de Paris em 1963, dentre outras conquistas.

Pela Seleção Brasileira, na Copa de 1962, no Chile, teve a missão de substituir ninguém menos que Pelé, que se machucou logo na segunda partida do Brasil, no empate em 0x0 contra a Tchecoslováquia. Amarildo entrou no decisivo jogo da primeira fase, contra a Espanha, e marcou os dois gols do Brasil na virada de 2×1 que garantiu a classificação da Seleção. Esse jogo rendeu uma das mais belas crônicas de Nelson Rodrigues, O Possesso, publicada em sua coluna “À sombra das chuteiras imortais” no dia 07/06/1962, dia seguinte a partida. A alcunha de “O Possesso” pegou para sempre e Amarildo muito se orgulha dela. O atacante alvinegro não sentiu nem um pouco o peso daquela responsabilidade. Tinha ao seu lado nada mais nada menos que quatro companheiros do dia-a-dia do Botafogo no time titular do Brasil: Nilton Santos, Didi, Garrincha e Zagallo. O menino, de apenas 21 anos, voltou a marcar na final da Copa, contra a Tchecoslováquia. Fez o gol de empate em uma bela jogada pela esquerda e em outro grande lance, também pela esquerda, serviu Zito para desempatar a partida. Vavá ainda fez o terceiro e decretou números finais ao confronto: Brasil 3×1 Tchecoslováquia. Brasil Bicampeão do Mundo. Amarildo foi, junto com Garrincha, o grande destaque daquela Copa.


Em 1963 transferiu-se para o futebol italiano, onde ficou até 1972, com brilhantes passagens por Milan (1963-1967, Campeão da Copa da Itália da temporada 66/67), Fiorentina (1967-1971, Campeão Italiano da temporada 68/69) e Roma (1971-1972).

Em 1973 voltou ao Brasil para reforçar o Vasco da Gama. Jogou no clube de São Januário até 1974, quando foi Campeão Brasileiro daquele ano e encerrou sua muito bem sucedida carreira.

A história de Amarildo fala por si só. Vamos celebrar a data de hoje com o respeito, admiração e carinho que as grandes Lendas do nosso país merecem. “O POSSESSO” é a personificação da glória e do sucesso.

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