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O FUTEBOL NÃO PODE PERDER PARA O VAR

2 / maio / 2019

por Zé Roberto Padilha


Uma nova regra não pode mudar um jogo para pior, mesmo quando introduzido com a melhor das intenções, como o VAR. Ela, a nova regra, quando introduzida, vem para adequá-lo a uma nova realidade, que lhe traga benefícios, avanços, e, principalmente, o torne mais justo sem lhe roubar o que tem de mais interessante. O VAR veio para evitar que os grandes erros da história do futebol não mais se perpetuem. Como o gol da Inglaterra que lhe deu o título mundial de 1966, contra a Alemanha, jogando dentro de casa.

Anos se passaram, e a tecnologia não havia chegado para tirar a dúvida, baús do esporte vieram à tona seguidamente para saber se aquela bola entrou ou não. Tão difícil foi à época sua interpretação, que dela surgiu a figura do “árbitro caseiro”. O que passou a pensar assim: “Aonde estou? Em Wembley? Então, corro para o meio. Se estivesse em Berlim, deixaria o jogo seguir. E sairia vivo dali, do Serra Dourada e do Estádio Odair Gama, em Três Rios. O que é a história diante da minha segurança?”


A maior crítica, quase que unânime, com os primeiros jogos do Campeonato Brasileiro diante da sua implantação, é que as partidas tiveram seus ritmos seriamente quebrados. Tem havido interrupções demais, por qualquer tropeço, uma chegadinha para lá, e as câmeras deixando de seguir os craques e jogando suas lentes naquela figura com apito na boca. Antigamente, dizia Mário Vianna, com dois enes, quanto mais discreto fosse na partida, melhor seria seu desempenho. Agora, ele tem mais posse de aparição do que os times de posse de bola. Não é justo. Mas tem solução.

A partir da segunda metade do Brasileirão, logo após a Copa América, apenas o capitão do time poderá solicitar ao árbitro o desafio do VAR. E eles terão direito a apenas dois pedidos a cada tempo. Se sua solicitação for acatada, sua equipe continuará a ter direito aos dois desafios. Invalidado, fica apenas com um. E pensarão duas vezes antes de desperdiçar este trunfo perante um empurrãozinho qualquer dentro da grande área.


Deste jeito, os jogadores voltarão a ser protagonistas do espetáculo. Eu, pelo menos, nunca fui à estádio ver árbitro de futebol. E, hoje, não vejo outra coisa senão um bando deles espalhados por gramados, vigiando os goleiros e instalados numa sala de ar condicionado mais fria do que a temperatura que baixou sobre o futebol depois de sua implantação. A emoção, na verdade, deu lugar a interrupção.

• Esta solicitação, de alteração ao VAR, foi repassada ao meu amigo, e ex-companheiro de clube, Leovegildo da Gama Júnior, que irá levá-la, com sua credibilidade, até o responsável pela comissão de arbitragem da CBF. O Gassiba. Quem sabe?

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