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O CRAQUE QUE CALOU O MARACANÃ

9 / agosto / 2016

por Victor Kingma


No dia 13 de maio de 1959, para comemorar o inédito título de campeão mundial que havia conquistado no ano anterior, a seleção brasileira realizou um amistoso contra a Inglaterra, exatamente o único adversário que não tinha vencido na memorável conquista na Suécia. Na competição, o jogo havia terminado empatado em 0 x 0.          

Um clima de grande expectativa antecedeu à partida, com repercussão na imprensa de todo o país. A torcida lotou o Maracanã naquele dia para assistir ao tão esperado confronto. Entretanto, assim que o locutor do estádio anunciou a escalação do Brasil, com Julinho, do Palmeiras, na ponta direita, no lugar de Garrincha, que ao lado de Pelé era o grande ídolo da torcida brasileira, ouviu-se um dos maiores coros de vaias da história do futebol.

Julinho, com a fidalguia que sempre o acompanhou por toda a carreira, não se abateu e, consolado pelo técnico Vicente Feola, apenas respondeu: 

– Não se preocupe chefe, vou jogar bem!


Julinho brinca com Garrincha durante um treino da seleção

E bastaram apenas alguns minutos de jogo para o estádio emudecer. Numa das maiores exibições de sua carreira, o ponteiro infernizava seus marcadores e encantava os 117 mil torcedores presentes. Logo aos sete minutos, venceu a quase intransponível defesa inglesa: Brasil 1 x 0.


Julinho jogou no futebol italiano

Durante todo o jogo foi uma sucessão de dribles e jogadas brilhantes. Após o apito final, todos os torcedores presentes no Maracanã se renderam à classe e a determinação do craque, e as vaias iniciais se transformaram em calorosos aplausos. A partida terminou 2 x 0 para a seleção brasileira, com o segundo gol marcado pelo centroavante Henrique Frade, do Flamengo, o substituto de Vavá naquele jogo.

Julinho Botelho foi um dos maiores pontas direitas da história do futebol! Além de ter brilhado pela seleção brasileira na Copa de 1954, foi ídolo das torcidas da Portuguesa de Desportos, Fiorentina, da Itália, e Palmeiras.

O craque faleceu em São Paulo, em 10 de janeiro de 2003, aos 73 anos, sem nunca ter o reconhecimento que verdadeiramente merecia.

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