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BOTAFOGO 1989

24 / junho / 2019

por Marcelo Mendez


O ano de 1989 foi o ano do Bragantino na minha vida.

Meu Palmeiras voando, 23 partidas invictas para dinamitar o final dos 13 anos sem títulos que amargávamos. Eis que num sábado à tarde aparece um tal de Bragantino, metendo um 3×0 inapelável nos nossos sonhos e então já era; Mais um ano de fila.

Talvez por isso eu tenha me solidarizado com o time de hoje, aqui em ESQUADRÕES DO FUTEBOL BRASILEIRO.

Para acabar com 21 anos de sofrimento, vamos voltar para 1989 para encontrar o Botafogo que tirou o alvinegro da fila.

O Fogão 89 

As paixões de Seo Emil

A segunda metade dos anos 80 marca a fase mambembe do futebol Brasileiro.

A CBF quebrada, os times à míngua, estádios vazios, os campeonatos deficitários que eram uma zona em seus regulamentos e tudo de pior pela frente. Um horror. O Botafogo, que não vencia títulos desde 1968, era uma dessas equipes vitimadas por aquela bagunça.

Ao longo da década dá para dizer que o Botafogo teve um ano bom, 1981, quando foi garfado no Morumbi contra o São Paulo, pela semifinal do Campeonato Brasileiro. Dali pra frente, só derrocada. O Clube tinha sua sede em Marechal Hermes em plenas ruínas. Não tinha estádio para jogar, lugar pra treinar, material de treinamento, nada. Uma desgraça só.

Eis que chega então um homem, sua loucura e seu intrínseco amor pelo Fogão, para mudar isso. Emil Pinheiro chega e então, a luz que havia no fim do túnel ganha uma força considerável… 

Botando a Casa em Ordem


Da maneira como foi possível, Seo Emil mete a mão no seu bolso para resolver os problemas urgentes do Botafogo. Paga os funcionários, estrutura minimamente o departamento de futebol, traz o técnico Valdir Espinosa e então, vai às compras e monta um time forte.

Paulinho Criciúma, Mauricio, Luizinho, Carlos Alberto, Wilson Gottardo e Mauro Galvão se juntam ao ótimo lateral Josimar e ao eficiente Marquinhos para formar uma base sólida que vai classificar o Botafogo no Campeonato Carioca daquele ano. O time chega à decisão e então começa a noite que vai lavar a alma Botafoguense… 

A maior das noites 21…

Muito já foi dito daquele 21 de junho de 1989 nesses 30 anos.

Na arquibancada no Maraca, entre as 56 mil pessoas que pagaram ingresso, Botafoguenses ilustres como Zagallo, Saldanha, Afonsinho, Beth Carvalho e tantos outros corações. Dá pra dizer que o Flamengo tinha uma seleção, com Zico, Leonardo, Andrade, Bebeto, Renato Gaúcho, Jorginho. Mas os olhos da poesia não estavam nestes, naquela noite.

Foi Mazolinha que virou verso…


Saído do banco para arrancar pelo lado esquerdo do ataque botafoguense, o camisa 14 foi ao fundo do campo com o mesmo afã o qual um adolescente virgem vai atrás do seu primeiro beijo na boca. Nada o pararia. Nenhum mortal seria capaz de interceptar aquele cruzamento que por magia, chegou até Mauricio.

Quando o ponta, com a lendária camisa 7 do Fogão, empurrou a bola e Leonardo para o fundo das redes, o que se viu no Maracanã foi o encanto voltando de onde jamais poderia ter saído. Era o título, era a vitória, era glória.

Ricardo Cruz, Josimar, Gottardo, Galvão, Marquinhos, Carlos Alberto, Luizinho, Mauricio, Gustavo e Paulinho Criciúma são os 11 que formaram a base que fez esse, entre tantos times lendários do Botafogo, entrar para a história do nosso futebol.

É de direito, portanto, sua vaga em ESQUADRÕES DO FUTEBOL BRASILEIRO.

 

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