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A TAL BASE

27 / setembro / 2016

:::: por Paulo Cezar Caju ::::


Sempre ouço os especialistas de plantão falarem que o problema está na base. Concordo. Mas o que tem sido feito para melhorá-la? Escalem o time titular do Flamengo e me digam quantos da base tem lá. Só o Jorge. E olha que o técnico Zé Ricardo foi campeão da Taça São Paulo. Tem o Vizeu que entra e sai. E quando vai indo bem trazem o Damião. É dose!

Adoraria ler no jornal alguma matéria que mostrasse qual time do Brasileirão tem mais meninos da base entre os seus titulares. Entre os oito primeiros colocados já estaria de bom tamanho. O Fluminense deveria ter muitos, afinal Xerém sempre teve a fama de lançar craques. O Gustavo Scarpa é muito bom. Me disseram que também tem o Douglas, Marco Júnior e Wellington Silva. E, no último jogo, entrou o Julião.

O Botafogo tem o zagueiro Emerson e voltou o Sassá. E o Botafogo recentemente ganhou o Brasileiro Sub 20. No Vasco, fala-se muito do Douglas, além do Luan e do Alan Cardoso, lateral esquerdo. O Palmeiras tem muitos da base entre os titulares? E o Santos, também famoso por lançar jovens talentos? Atlético Mineiro? Para onde vão esses meninos? Tem muito aquela história de mandar para clubes de menor expressão “para amadurecê-los”. Não dá para fazer isso no próprio clube? Muitos vão e nunca mais ouve-se falar.

Aposto no clube que investir sério nesse trabalho. Acho que o Santos é o que tem verdadeiramente essa cultura. O tão falado Flamengo para mim é uma colcha de retalhos, com Réver, Muralha, Leandro Damião, Guerrero, Márcio Araújo e Emerson. Ou a base é levada a sério ou vamos continuar morrendo na praia.

– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 27 de setembro de 2016.

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