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A COPA DO MUNDO LADO B

5 / julho / 2018

por Mateus Ribeiro


Imagina só se antes da Copa, alguém te falasse que Croácia, Rússia, Inglaterra ou Suécia iriam ser finalistas. Você provavelmente deixaria a pessoa falando sozinha, ou iria a chamar de louca. Confesso que faria o mesmo.

Porém, essa é a realidade. Quatro times que não estavam cotados no início da Copa possuem chances reais de disputar a final contra algum medalhão. É bem verdade que a Inglaterra já foi campeã, que a Suécia já foi finalista, que a Croácia fez uma ótima campanha 20 anos atrás, e que a Rússia é a dona da casa (e a torcida está sendo um grande fator). Mas de maneira nenhuma dava pra cravar alguma dessas quatro seleções como possíveis finalistas.

É claro que todas chegaram entre as oito com total merecimento. Seja pela aplicação tática sueca, seja pela entrega dos jogadores russos, seja pela surpreendente renovação inglesa, seja pelo talento dos croatas, todas essas seleções merecem todo o mérito.


E esse lado da chave é a tônica da Copa, a mais “lado B” dos últimos tempos. Se já não bastasse Holanda e Itália de fora, vimos a Alemanha sendo eliminada (e acabando com o bolão de meio mundo) na primeira fase. Além disso, tivemos a Rússia goleando na primeira rodada (era a Arábia, mas a Rússia marcar cinco gols sempre será surpreendente), e depois eliminando bravamente a sonolenta Espanha. De esperado nesta Copa, acredito que só a campanha do Brasil, e a vaca deitando para as duas “seleções de um homem só”, e vocês sabem de quem estou hablando, ó pá!

Do outro lado, temos times mais tradicionais. O Brasil, que tem a maior camisa do futebol mundial, França e Uruguai (dois dos maiores traumas do Brasil em Copas) e a Bélgica, que pode complicar também.


De qualquer forma, se não for Brasil x Suécia, a final será inédita. Dificilmente teremos um campeão inédito, mas seria legal ver, por exemplo, a Croácia campeã. Ou a Bélgica, ou a Suécia. Em um futebol que anda tão monótono, tão monopolizado, essa Copa, que para alguns está sendo tratada como bizarra, é um sopro de esperança. Da mesma forma que seleções com menos cartaz estão chegando longe nesta Copa (coisa que já aconteceu em outras edições, mas em 2018 tudo parece estar de cabeça pra baixo), espero que a Champions League, por exemplo, deixe de ser um clubinho fechado entre Real Madrid e seus amigos.

Eu, como amante das terceiras músicas dos lados B dos discos de vinil, estou curtindo demais esses resultados alternativos. E você, qual a sua opinião?

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