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A BOLA E O RÁDIO, ARMINDO RANZOLIN

7 / março / 2017


(Foto: Luis Fernando/Agência RBS)

“O estado inteiro fervia de expectativa para aquele Gre-Nal da semifinal do Brasileiro. No primeiro tempo, o Grêmio colocou o Inter na roda, e o lateral Casemiro ainda foi expulso. O Abelão (Abel Braga) recém começava e já tinha uma coragem demente, então tirou o volante Leomir e colocou o Diego Aguirre e manteve o Edu para fazer ponta e lateral-esquerda ao mesmo tempo. No segundo tempo o Inter promoveu a maior virada de sua história. Jogou muito e desceu a lenha mais ainda. O Beira-Rio foi tomado de uma loucura quase selvagem, tinha umas 80 mil pessoas. Este era o “quadro indescritível que a gente vê no Beira-Rio”, que o Ranzolin observa nesta narração maravilhosa do segundo gol do Nílson, com direito a Kenny Braga chorando alucinado ao microfone.” (Douglas Ceconello, Jornalista, Escritor, amigo e Colorado)

por Marcelo Mendez

Hoje a coluna “A BOLA E O RÁDIO” poderia parar aí, nesse depoimento lindo do meu amigo, jornalista o qual sou fã, Douglas Ceconello, sobre o homenageado da vez e sobre o que aconteceu naquele Gre-Nal.

Mas va… Vamos dar uma descida lá pro sul do Brasil para falar de um cara que eternizou esse Gre-Nal como “O Gre-Nal do Século”…

Eram jogados 26 minutos do segundo tempo, o Internacional com um jogador a menos, mas com toda a valentia de jogadores como Luiz Carlos Wink, Mauricio e o herói da coisa toda; Nilson…

Quando Mauricio bateu a bola do lado direito do campo, para o camisa 9 empurrar para as redes, o rádio esportivo do Brasil conheceria então uma de suas mais lendárias narrações e hoje, vamos falar dele, o dono da voz:

Armindo Ranzolin, em “A Bola e o Rádio”…


Nascido em Caxias do Sul, mudou-se para Lajes com um ano de idade e por lá começou seus trabalhos como radialista em 1956. Perambulou por alguns lugares até que em 1961, pelo microfone da Radio Difusora, narrou seu primeiro Gre-Nal em 1961. Saiu da empresa por conta de pressões do Regime Militar instaurado em 1964.

Depois desse episódio, vai trabalhar na Radio Farroupilha e nos anos 70 na Rádio Guaíba. Fez por lá sua primeira Copa em 1974 e permaneceu até 1984, quando se transferiu para a Radio Gaúcha, de onde vem a narração escolhida de hoje.

Não dá para falar, tem que sentir.

“O relato do Ranzolin é a tradução perfeita da insanidade que foi aquele jogo, que até pôster em jornal rendeu e até hoje é um dos maiores orgulhos dos colorados. É talvez minha lembrança mais forte do futebol e era o maior jogo da história do Inter, talvez do futebol, para aquele guri de nove anos. Até porque eu não estava no estádio, então precisei construir na imaginação o cenário insano que o Ranzolin narrou, e neste aspecto o rádio é absolutamente imbatível” – Douglas Ceconello

A narração do segundo gol do Internacional em 1989 no Gre-Nal do século, sem a menor sombra de dúvidas, é uma das maiores locuções esportivas de todos os tempos. E ainda vem com o plus do comentário de Kenny Braga, lendário Colorado, em prantos!

 

1 Comentário

  1. Neuri Stieven

    O melhor narrador de todos os tempos. Um ícone do rádio. O orgulho de todos os gaúchos. Um colorado vibrante. Um timbre incomparável e inegualavel. Um locutor por excelência. Quem o ouviu jamais o esquecerá. Obrigado Deus pelo presente chamado Armindo Antônio Ranzolin.

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